terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Com a aproximação do final do ano é natural querer avaliá-lo e fazer um balanço de nossas vidas. Diante desse sentimento, quase natalino, estive pensando em como avaliar as realizações desse ano na minha vida. Percebi que o aumento da capacidade de consumo, obtido com o trabalho, nos dá uma sensação de realização. Lembrei-me, então, das pessoas que sentiam-se realizadas não pelo que consumiam, mas pelo que faziam. Com isso, ficou claro que viver no atual modelo capitalista e consumista alterou, paulatina e significativamente, o comportamento social.

As mudanças não representam novos valores, mas modos adaptados a essa configuração social. As pessoas, que no passado sentiram-se realizadas por seus feitos, teriam, na época atual, recompensas materiais como reconhecimento e realização. É natural que o trabalho, como elemento de construção da sociedade, seja o responsável por contribuir com realização do homem social.

Quantos, no passado, atribuíam a si trabalhos realizados por outros? Quantos, hoje, esbanjam capacidade de consumo sem poder fazê-lo? Observando essas questões, vejo que não há disfunções na busca da realização pessoal apenas no momento atual. Por isso, é preciso ter cuidado ao avaliar se a capacidade de consumo condiz com a de produção (intelectual, material, serviços), pois esse é o equilíbrio necessário que contribui para a realização pessoal.

Esses questionamentos e avaliações são possíveis porque conseguimos medir o tempo, já que controla-lo seria impossível. Chegar ao final de mais um ano pode dar a sensação de dever cumprido ou de que teremos mais trabalho, isso depende de como nos comportamos. A avaliação anual precede uma maior, que é a da nossa vida. Diante disso o melhor é poder olhar para trás e verificar que evoluímos, a cada ano. Para aqueles que ainda não têm esse sentimento, existe um ano novinho se aproximando para corrigir, acertar e continuar avançando no processo de desenvolvimento.

Um comentário:

  1. Espero que esse novo ano me traga mais força para conseguir fazer as coisas que planejei - e ainda não alcancei - e planejo! Sempre esperamos que o novo ano seja melhor, com certeza os astros, os deuses, os santos influenciam nos acontecimentos, mas acredito que os protagonistas somos nós mesmos! Então, só depende de nós e das nossas escolhas para que o nosso ano seja bom. Cheiros...

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